O Estado, que faz fronteira com dois países, continua sendo palco de operações no combate ao tráfico de armas. Nos primeiros meses de 2024, já foram apreendidas 150 armas.
Em maio, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) desmantelou um entreposto de drogas em Dourados, apreendendo 16 toneladas de maconha e uma espingarda, além de realizar a prisão de seis pessoas.
Em outra operação na BR-463, policiais rodoviários federais encontraram um fuzil calibre .556 escondido em um fundo falso de madeira na mala de uma passageira de um ônibus que fazia a linha Ponta Porã/Campo Grande.
Em março, uma operação da Polícia Federal de combate ao trabalho escravo, em Bela Vista, resultou na apreensão de diversas armas de fogo, tanto longas quanto curtas, além de munições.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (18/6) pelo Governo Federal e englobam ações da PRF, Polícia Federal e Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública).
Contexto Nacional
Em âmbito nacional, as apreensões de armas também aumentaram. Em 2023, foram apreendidas 10.935 armas, um crescimento de 28% em relação a 2022, quando o país registrou 8.466 apreensões. Nos primeiros meses de 2024, foram confiscadas 2.405 armas, conforme dados divulgados pelo Governo Federal.
Conforme dados do Governo Federal, os estados com maior número de apreensões em 2023 foram Rio de Janeiro (2.220), Paraná (1.177), Amazonas (726) e Rio Grande do Sul (710). Esse aumento é atribuído à intensificação das ações de fiscalização e operações das forças de segurança.
O diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Senasp (DIOP/SENASP), Rodney Silva, explica que os números registrados em 2023 e 2024 decorrem do aumento da fiscalização e das ações operacionais da PF, da PRF e das polícias militares e civis dos estados.
“O foco tem sido a prevenção das ocorrências de crimes mais graves, como mortes violentas intencionais, crimes passionais e o crime organizado, que se aproveita desse comércio ilegal de armas e, consequentemente, fortalece o tráfico de drogas, o tráfico de armas propriamente dito e outros crimes violentos”, afirma Silva.
Investimentos e Programas
Programas como o Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (ENFOC), com um investimento federal de R$ 900 milhões até 2026, e a expansão dos Grupos de Investigações Sensíveis (GISE) e das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO) têm contribuído para o aumento das apreensões. Em 2023, os GISE foram expandidos para 21 estados, e as FICCO operam em todo o país, com R$ 85 milhões destinados ao funcionamento dessas unidades.
Fonte:DouradosNews