O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou a indicação de Naiane Bittencourt (PL), esposa do deputado federal Marcos Pollon, como candidata a vice-prefeita na chapa de André Puccinelli (MDB). Ele também sepultou a chance do PL lançar candidato próprio e decidiu, até o momento, que vai apoiar a reeleição da prefeita Adriane Lopes (PP) nas eleições deste ano.
Apesar de publicamente adotar o discurso de candidato próprio, o presidente regional do PL vinha negociando com o ex-governador do MDB. Durante reunião no jornal O Estado de Mato Grosso do Sul, com a participação do dono da empresa, Jaime Valler, ele acertou o apoio à candidatura de André e a indicação de sua esposa, presidente regional do PL Mulher, como vice.
A reunião foi revelada nesta quarta-feira pelo jornal Correio do Estado, concorrente do jornal onde foi selado o suposto acordo. Pollon ignorou as denúncias de corrupção contra Puccinelli, que chegou a ser preso por cinco meses e foi alvo de inúmeras denúncias na Operação Lama Asfáltica. O emedebista o “convenceu” com o discurso de que é vítima de perseguição política.
O acordo seria levado ao presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e com Bolsonaro. No entanto, o ex-presidente interveio antes e, como diz o ditado popular, cortou o mal pela raiz.
Bolsonaro avisou Pollon que já fechou acordo com a senadora Tereza Cristina (PP), repetindo a negociação feita em 2022, quando ignorou os bolsonaristas raiz e seguiu os conselhos da ex-ministra da Agricultura para ficar neutro, liberando os conservadores para votarem no candidato do PSDB, Eduardo Riedel, que tinha o apoio declarado da esquerda.
O ex-presidente chegou a defender a candidatura de um bolsonarista raiz, como o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), o deputado estadual João Henrique Catan, o ex-deputado estadual Rafael Tavares e até do amigo, Aparecido de Andrade Portela, o Tenente Portela.
Ainda faltam 30 dias para o início das convenções e pouco mais de três meses para as eleições. Até o momento, Adriane vem ganhando a disputa pelo apoio do ex-presidente.
Fonte: O Jacaré
