Polícia investiga tráfico de crianças na fronteira entre Brasil e Paraguai

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A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul está investigando um possível esquema de tráfico de crianças na fronteira entre Brasil e Paraguai. A investigação teve início após uma operação de resgate em Antônio João, onde uma mulher paraguaia e sua filha recém-nascida foram mantidas em cárcere privado.

A operação, denominada Protetor, foi conduzida pela Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Fátima do Sul. Segundo a delegada titular, Maria Gabriela Vanoni, o caso começou com uma denúncia de tráfico de crianças, feita por lideranças indígenas. “As lideranças informaram que reiteradamente vêm ocorrendo casos de crianças paraguaias sendo levadas ao Brasil em situação irregular, indicando possível tráfico internacional de crianças,” afirmou a delegada.

A vítima, uma mãe de origem paraguaia, havia vindo ao Brasil para dar à luz e prometido entregar seu bebê a uma autora não identificada. Contudo, após o nascimento, a mãe mudou de ideia e decidiu não entregar a criança. A autora, então, impediu a mulher de sair com o bebê, exigindo R$ 1 mil ou a entrega da criança. “A mãe não tinha condições de efetuar o pagamento e, temendo por sua vida e a do bebê, não conseguiu retornar ao seu país,” detalhou a nota da Polícia Civil.

A polícia, acompanhada pelo Conselho Tutelar, conseguiu contato com a mãe e efetuou o resgate. A autora foi presa em flagrante por cárcere privado e a mãe e a criança foram entregues às autoridades paraguaias, com a assistência do Consulado Paraguaio.

A delegada Vanoni afirmou que a investigação sobre o tráfico de crianças continuará. “O tráfico de crianças envolve aliciamento e agenciamento de menores para diversas finalidades, incluindo a adoção ilegal. A Polícia Civil está investigando e, caso seja comprovada a transnacionalidade, a Polícia Federal poderá assumir o caso,” concluiu.

A operação ressalta a gravidade e a complexidade dos crimes de tráfico de crianças, especialmente em áreas de fronteira, e a importância de uma resposta coordenada entre autoridades nacionais e internacionais. (Com informações do site Dourados Agora)

Fonte:

Vivianne Nunes
Capital News

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