Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso, autoriza instalação da CPI das “bets”

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De autoria da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) e outros parlamentares, o requerimento de criação da CPI foi lido em plenário nesta terça-feira (8). O objetivo, segundo os parlamentares, é apurar impacto das apostas no orçamento familiar.

A CPI das Bets deverá ter 11 membros titulares e 7 suplentes. Uma vez indicados os membros, a comissão pode ser instalada e terá 130 dias para seus trabalhos – (crédito: Jonas Pereira/Agência Senado)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), autorizou nesta terça-feira (8/10), a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar a influência de jogos de apostas on-line, as chamadas “bets”.

De autoria da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) e outros parlamentares, o requerimento de criação da CPI foi lido em plenário. O objetivo, segundo os senadores, é apurar impacto das apostas no orçamento familiar dos brasileiros, associação com organizações criminosas para lavagem de dinheiro e o uso de influenciadores digitais para divulgar os jogos.

De acordo com o presidente da Casa, a CPI das Bets deverá ter 11 membros titulares e 7 suplentes. Uma vez indicados os membros, a CPI pode ser instalada e terá 130 dias para seus trabalhos, que terá limite de despesas de R$ 110 mil.

Na leitura do requerimento, Thronicke e a Advocacia do Senado fizeram a análise técnico-jurídica do pedido de abertura da CPI. Ela destacou o fato de o vício em jogos on-line ser silencioso, ao contrário do vício em álcool ou drogas ilícitas.

“Não adianta fecharmos os olhos para esse problema. É um fato. É um dos principais motivos de atentado contra a vida e de separações”, disse a parlamentar, que solicitou que os partidos e blocos indiquem logo os integrantes do colegiado.

Já está em andamento no Senado a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, que é presidida pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO) e relatada pelo ex-jogador Romário (PL-RJ). A nova comissão de inquérito deve ser mais abrangente e tratar também do vício em jogos, apontado como uma “epidemia”.

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