Erro de Fabrício Bruno muda o jogo e Japão conquista vitória inédita sobre o Brasil
A Seleção Brasileira sofreu uma virada histórica nesta terça-feira (14), ao perder por 3 a 2 para o Japão, no Ajinomoto Stadium, em Tóquio. O resultado marcou a primeira derrota do Brasil para os nipônicos em 15 confrontos e expôs falhas defensivas graves, especialmente do zagueiro Fabrício Bruno, que teve atuação desastrosa no segundo tempo.
O Brasil abriu 2 a 0 ainda na primeira etapa e parecia caminhar para mais uma vitória sob o comando de Carlo Ancelotti. Mas uma sequência de erros defensivos — incluindo uma falha direta de Fabrício Bruno — reacendeu os japoneses, que marcaram três gols em apenas 19 minutos e decretaram o inédito triunfo asiático.
Antes da partida, a Seleção havia sofrido apenas um gol em cinco jogos com o técnico italiano, o que tornava o colapso defensivo ainda mais surpreendente. Até então, somente a Bolívia havia balançado as redes brasileiras, de pênalti, em El Alto, pelas Eliminatórias da Copa de 2026.
A derrota acende o alerta no início da era Ancelotti. O treinador optou por testar novos nomes em vez de repetir a escalação que goleou a Coreia do Sul por 5 a 0, e o time acabou desfigurado. Carlos Augusto sofreu para conter Doan, Luiz Henrique foi discreto, Paquetá teve apenas lampejos e a dupla de zaga — Fabrício Bruno e Lucas Beraldo — mostrou insegurança. O goleiro estreante Hugo Souza também teve atuação irregular, com falhas em saídas de bola e rebotes perigosos.
- “Tivemos um apagão no segundo tempo. Isso é alto nível: um apagão assim pode custar uma Copa do Mundo, uma medalha, um sonho de infância. Fizemos uma preparação excelente e jogamos fora em 45 minutos”, lamentou Casemiro em entrevista ao SporTV.
Com o revés, o Brasil acumula mais um tropeço em um ciclo instável: derrotas inéditas para Marrocos e Senegal sob o comando de Ramon Menezes, dois empates com a Venezuela nas Eliminatórias, uma goleada por 4 a 1 para a Argentina em Buenos Aires e, agora, a virada histórica diante do Japão.
Apesar do resultado negativo, o Brasil começou bem o jogo. Em uma bela triangulação pela direita, Paulo Henrique recebeu passe em profundidade de Bruno Guimarães e finalizou de esquerda para abrir o placar — seu primeiro gol com a camisa da Seleção e o primeiro de um jogador do Vasco desde 2012, quando Rômulo marcou contra a Argentina.
Pouco depois, Lucas Paquetá encontrou Gabriel Martinelli na área. O atacante do Arsenal invadiu e chutou cruzado, ampliando para 2 a 0 e dando a falsa impressão de tranquilidade. No entanto, a segunda etapa foi marcada por desorganização, falhas individuais e um Japão implacável na pressão e nas finalizações.
O resultado deixa um gosto amargo e aumenta a pressão sobre Ancelotti, que agora busca soluções para uma defesa em reconstrução e um elenco ainda em busca de identidade.
